Bianca Toledo conta sobre infância, adolescência e a
cura
Quem olha hoje para esta linda mulher jamais poderia
imaginar tudo aquilo que passou. Sua história superou barreiras territoriais, e
pessoas do mundo inteiro participaram de um relógio de oração a favor dela.
Seu
testemunho tem impactado a muitos.
Bianca esteve cara a cara com a morte, mas
antes mesmo disso, em sua infância e adolescência, ela passou por problemas
emocionais.
A sua transformação foi completa: no corpo, na alma, no espírito.
Ela tem 35 anos, é mãe de José Vittorio (hoje com três
anos de idade) e casada com Felipe Heiderich. Formada em canto lírico e
popular, participou do programa “Raul Gil” e venceu o concurso promovido por
ele, chamado “Usina de Talentos”, o que a levou a gravação de um CD. Ela também
é fundadora do projeto Reina Brasil, que reúne músicos e compositores para usar
a musicalidade brasileira para louvar a Deus.
Além disso, cantou no
encerramento do “Criança Esperança” em 2007, e posteriormente, em 2008, gravou
um CD solo.
Hoje, após ter passado por inúmeros milagres, Bianca
viaja por todo o mundo para testemunhar aquilo que Deus fez em sua vida.
Aproveite para ler as linhas abaixo e conhecer um pouco mais da história dessa
mulher que tem sido um exemplo do poder de Jesus.
“Tive uma adolescência e infância muito difíceis
emocionalmente. Quando tinha 3 anos de idade, meus pais se separaram, e isso
trouxe marcas em minha vida. Uma das marcas foi ter uma baixa autoestima, o
desenvolvimento do transtorno de ansiedade e um transtorno obsessivo compulsivo
por comer.
Aos 12 anos de idade pesava 80 quilos. Era ridicularizada na escola
e taxada como a mais feia.
A minha autoimagem era conturbada de forma que até
quando se tratava do meu dom musical (tinha uma voz linda e tocava
instrumentos), agia de forma negativa. Via isso como um peso, porque as pessoas
me pediam sempre para cantar e eu não queria.
Fugia das pessoas.
Tinha muita
dificuldade de me relacionar por causa das feridas que permaneciam dentro de
mim.
Com o passar do tempo desenvolvi também uma depressão
crônica. Não tinha vontade de viver. Se alguém me perguntasse: “Você se imagina
no futuro?”, eu responderia que não. Contudo, isso mudou quando conheci a
Cristo.
Um dia, aos 16 anos, viajei a São Paulo para visitar
meu pai. Ele havia se convertido, e me convidou para assistir ao seu batismo.
Quando cheguei a sua igreja, fui recepcionada com um forte abraço e muito amor.
A partir daquele momento já comecei a me sentir diferente. Eu sempre estava na
defensiva, mas aquela recepção me fez sentir como ser recebida pelo próprio
Deus.
Aqueles que não conhecem a Cristo não têm dimensão do amor que eles podem
ter! E diante desse amor, naquela noite, me apaixonei por Cristo!
Comecei a buscar ao Senhor. Frequentava aos cultos de
segunda a segunda e também tinha momentos a sós com Deus.
Com um mês de
conversão, fui batizada com o Espírito Santo no meu quarto, enquanto orava.
Ainda na adolescência, descobri que tinha
endometriose, e por isso, não podia ter filhos. Cria que o Senhor podia me
curar. Deus me disse que um dia teria uma família, e eu confiei Nele.
Porém,
quando estava perto de completar 30 anos, comecei a pensar: “Onde está a minha
família?”.
Acabei fazendo como Sara e Abraão, que tentaram concretizar a
promessa com suas próprias mãos, fazendo com que Abraão tivesse um filho com
Hagar. Sem nem mesmo perguntar a Deus se era da vontade Dele, me casei.
O Senhor, contudo, não esqueceu sua promessa.
Fiquei
grávida e muito feliz, apesar dos desajustes e separação que passei no meu
casamento ao longo do tempo da gestação. Orava a Deus, e Ele me revelava quem
seria meu filho, como seria sua personalidade. Decorei o quarto do bebê e
esperava com expectativa o dia em que ele chegaria!
Foi então que, no oitavo mês da gestação, senti uma
dor muito forte no abdômen e naturalmente pensei: “O meu filho está nascendo!”.
Fui ao hospital, e ao me examinarem, os médicos chegaram à conclusão de que eu
não estava em trabalho de parto. Algo estava acontecendo comigo, mas nenhum
médico sabia dizer o que era. Fui transferida de hospital, e a cada momento
piorava de estado.
Os médicos decidiram fazer o parto do meu filho.
Entrei na sala de cirurgia já inconsciente, e não pude ver meu filho nascer.
Posteriormente, descobriram que meu intestino havia rompido, tive infecção
generalizada e falência múltipla de órgãos. Pela medicina, eu deveria ter
apenas mais 48 horas de vida, mas para a surpresa de todos, continuei viva!
Fiquei em coma durante 52 dias. Passei por 10
cirurgias no abdômen e no pulmão, 300 transfusões de sangue, 2 paradas
cardíacas e contraí bactérias hospitalares, inclusive, a KPC, contra a qual
ainda não existe nenhum antibiótico. Todavia, enquanto estava inconsciente, era
ministrada pela pastora Fernanda Brum e outras pessoas que iam me visitar.
Existia uma corrente de oração por mim em vários lugares do Brasil e do mundo,
e eu assimilava em sonhos aquilo que acontecia no mundo espiritual. Liberei
perdão para muitas pessoas e recebi do Senhor curas interiores ainda no coma.
Quando finalmente fiquei consciente, ainda tentava
assimilar aquilo que tinha acontecido comigo. Estava respirando por aparelhos e
não tinha nenhum movimento no corpo.
Observava o movimento no CTI, e me
perguntava se um dia teria minha vida de volta.
No dia 31 de dezembro, fui transferida de hospital.
Suspenderam toda a medicação que eu recebia, pensando que eu não sobreviveria
mais.
Entretanto, a partir daquele dia, meu corpo começou a melhorar
gradativamente. A princípio ainda fazia hemodiálise, tinha feridas abertas no
meu abdome, em que os médicos diziam que não havia perspectiva de fechar.
Ainda
não falava, mas me comunicava através de um quadro com letras, apontando para
elas e formando frases.
Com o tempo, passei a respirar sozinha.
Meus rins
voltaram a funcionar.
Os médicos diziam que era impossível um rim voltar a
funcionar após dois meses parado. O meu tinha ficado quatro meses sem atividade
alguma, mas o Senhor fez com que ele funcionasse!
Também voltei a falar ainda
com uma chamada “voz de monstro”, mas isso já era um grande milagre.
Os médicos
e enfermeiras que cuidavam do meu caso tiveram um encontro com Deus, e até
mesmo o mais cético confessou que Deus havia interferido na minha situação.
Tive alta, já conseguindo ficar de pé e dar alguns
passos usando algum apoio.
Voltei para casa e finalmente conheci o meu filho,
que já tinha quase seis meses de idade.
As pessoas diziam que antes ele não
chorava, não era como as outras crianças. Minha mãe conta que uma vez até mesmo
o fez chorar, temerosa que houvesse algum problema com ele. Contudo, quando ele
me viu, me reconheceu e sorriu. A partir daquele dia, se tornou uma criança
como todas as outras.
As pessoas diziam: “Ele estava esperando a mãe voltar
para casa”. Ainda assim, não pude tocá-lo naquele momento, pois estava de
quarentena em razão da colonização de bactérias.
Percorri um longo caminho de recuperação. Na época
ainda não caminhava, tinha uma bolsa de colostomia, e dependia muito das
pessoas. Venci muitos desafios e até mesmo tive que aprender a ser mãe
novamente.
Readquiri todos os meus movimentos. Minha voz ainda
hoje está em processo de recuperação, mas já consigo falar, cantar, mesmo que
em voz um pouco mais baixa, e até mesmo pregar. Casei-me novamente e tive uma
restauração também em minhas emoções. Creio que Deus pode ajustar qualquer
casamento, mas apenas se os dois envolvidos estiverem realmente interessados
nisso. O divórcio é um assunto delicado, que deve ser analisado com cuidado, e
gostaria que ninguém tomasse meu caso como referência.
Hoje, o Senhor tem me levado a muitos lugares para
testemunhar do que fez em minha vida, me deu uma unção de cura, e, pela graça
Dele, muitas vidas têm sido transformadas!
A Ele toda honra, glória e louvor!”
Bianca Toledo
Mais informações: http://biancatoledo.com.br/
Créditos: lagoinha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário